A violência no Maranhão evolui das surras por questões políticas nas praças públicas- período do mando/quero/faço de Vitorino Freire - para a expulsão/mortes do homem do campo com a chegado dos grileiros com seus pistoleiros- logo no início do governo de Sarney.
Os sicários pernambucanos remanescentes de Vitorino Freire juntaram-se aos pistoleiros paraenses que acompanhavam os grileiros de Sarney, orientados pelos jagunços dos prefeitos/deputados expulsaram o homem do campo. Esse êxodo rural é até hoje é fator determinante da violência urbana.
Foi assim que o lavrador do campo virou lavador de carros na Capital e depois marginal. Os bolsões de miséria no entorno de São Luís começaram a formar bairros populosos, tendo os homens escorraçados das suas terras como a maioria. O tempo se encarregou do que hoje se tem em notícias.
Naqueles tempos de antanho não existiam delegados de carreira- concursados. Coronéis da Polícia Militar sem qualquer noção de Criminologia usavam o bordão "o efetivo está nas ruas"- eram duplas de policiais chamadas de "Cosme/Damião em alusão aos santos gêmeos.
Pedro dos Santos/ Wilmar Raposo eram chefes de Polícia que contavam com as "Chiquitas"- apelido dado as viaturas das Polícia Civil/Militar. Eram três os principais Distritos Policiais- 1º/2º/3º localizados no Centro/João Paulo/ Anil respectivamente. A criminalidade crescia sem observação/estudo.
Deste período chamado romântico alguns desviados de conduta destacavam-se : Faísca, exímio descuidista; Osmazinho, o Katá que nas crises do uso de diamba/cachaça costumava faiscar o facão no asfalto quente- "lá vem Katá" era o grito que assustava a Praça do Cemitério.
Volto comentando/analisando dos delegados "calças curtas" até a "Operação Tigre". "Lá vem a Chiquita/ Lá vem Katá" são gritos de um passado em que a criminalidade se originava na revolta. Hoje a violência nos revolta, mas o que aí está não caiu dos céu nem fugiu do inferno.