3 de maio de 2012

DESCONFIANDO DO FUTI: DUTRA QUER A PF, MPF NAS INVESTIGAÇÕES DO CRIME DE DÉCIO SÁ


CÂMARA DOS DEPUTADOS -


Sessão: 106.2.54.O Hora: 17:00 Fase: CP
Orador: DOMINGOS DUTRA Data: 03/05/2012


O SR. DOMINGOS DUTRA - Eu venho aqui tratar de um assunto que é de conhecimento hoje do Brasil e também teve uma repercussão internacional muito grande, assunto esse que já registrei nesta tribuna por duas vezes: a execução do jornalista e blogueiro Décio Sá, ocorrida no último dia 23.
Tal como relatei aqui e parte da imprensa brasileira tem divulgado, a ONU se manifestou, outros organismos internacionais também. O jornalista e blogueiro Décio Sá foi executado na segunda-feira passada, cerca de onze horas da noite, num bar e restaurante, localizado na Avenida Litorânea, que é a avenida mais movimentada à noite na cidade de São Luís.
Ele foi executado por um pistoleiro, que vinha na garupa de uma moto. A moto foi estacionada, ele atravessou a avenida, foi ao banheiro, segundo os relatos, teve certeza de que a vítima era aquela, e desferiu cinco tiros no jornalista e blogueiro Décio Sá. Foi uma execução praticada por pistoleiros, contratados pelo crime organizado, pelas características da execução. Hoje se completam doze dias dessa execução, e até agora a opinião pública do Maranhão não tem notícias sobre o andamento das investigações. Na sexta-feira e no sábado, como Presidente da Comissão de Direitos Humanos, como maranhense, e tendo em vista que a Comissão de Direitos Humanos adotou uma série de providências para ajudar nas investigações, eu tentei manter contato com os delegados que as conduzem.

No sábado, falei com três delegados que estão conduzindo as investigações sobre essa execução. Eles disseram que foi decretado sigilo total, e que nem autoridades como eu, representando uma Comissão de Direitos Humanos ligada ao caso, tinha direito de saber sobre as investigações, em função da delicadeza.
E aqui, Sr. Presidente, eu quero registrar a nossa estranheza. A primeira estranheza: até agora a Polícia não fez o retrato falado do pistoleiro que executou o jornalista e blogueiro Décio Sá. As testemunhas que estavam no bar descreveram as características do pistoleiro, e até agora não sabemos por que motivos o retrato falado não foi feito, onze dias depois da execução.

Até agora, nós não sabemos a cor da moto que conduziu o pistoleiro; se era só uma moto. Não sabemos a cor do carro que estava esperando o pistoleiro acima do morro, após a execução. Não sabemos se esses veículos foram abandonados, porque, como V.Exa. sabe, quando se faz uma ação dessa, são usados veículos roubados, com placas disfarçadas. Até agora nós não sabemos se esses veículos usados na execução foram abandonados em algum lugar.
Portanto, há algo muito estranho. Também é muito estranho que a Governadora do Estado não tenha solicitado o auxílio da Polícia Federal. A Governadora Roseana Sarney, que é filha do Presidente do Senado, que tem uma força extraordinária na República, e que em outros momentos solicitou a presença da Polícia Federal para auxiliar nas investigações, até agora não fez nenhum gesto, nenhuma manifestação de pedir apoio aos órgãos de investigação do Governo Federal, para auxiliar numa investigação que o próprio Secretário de Segurança, policial federal, já declarou que é uma investigação difícil de ser feita. Portanto, a elucidação doassassinato também é difícil. Portanto, é estranho.
Creio que a execução do jornalista e blogueiro Décio Sá foi decisão de um grupo. É muito difícil só uma pessoa ter tomado essa decisão. Para mim, foi um grupo que reuniu,avaliou e decidiu que era hora de executar o jornalista e blogueiro Décio Sá.

Para mim, como leigo, a execução do jornalista Décio Sá foi planejada nos seus mínimos detalhes. Usaram várias pessoas, utilizaram vários veículos, mapearam o local. Do local de execução de onde o pistoleiro saiu para pegar o carro, só mesmo quem conhecia o terreno e sabia que ali era uma vereda. O local estava escuro, cheio de mato. Portanto, o terreno foi mapeado.
Da mesma forma, a vítima deve ter sido seguida do jornal O Estado do Maranhão, onde trabalhava, até o local da execução. O jornal O Estado do Maranhão exibiu o horário que o jornalista saiu da redação. Portanto, é fácil saber se o jornalista saiu direto para o bar ou se foi para algum outro local.
A execução foi planejada, Sr. Presidente, primeiro, porque usaram arma privativa da polícia, uma pistola .40, de acordo com informações da Secretaria de Segurança. Sendo privativa da Polícia, é fácil saber se foi comprada pela Polícia do Maranhão, do Tocantins, do Ceará, do Piauí ou da Bahia; segundo, de acordo com a imprensa, o pistoleiro usou cartuchos de lotes diferentes para dificultar as investigações.
Portanto, foi um crime decidido por um grupo e praticado por pistoleiro. O planejamento foi extremamente calculado e, na minha modesta opinião, a causa dessa execução, com certeza, pode ser corrupção de dinheiro público. No Maranhão, no passado, a ação da pistolagem era decorrente de conflitos de terras. O jornalista Décio Sá não tinha nenhuma ligação com fazendeiro, portanto, não pode ser essa motivação. Não pode ser crime passional. Não podem ser simplesmente as matérias que ele botava no seu blog sobre várias pessoas. Na minha opinião, é corrupção, é dinheiro público grande e por isso tinham que eliminar o Décio Sá por conta das informações que poderia ter.
Estou encaminhando, em nome da Comissão de Direitos Humanos, uma petição ao Procurador-Geral da República para que peça a federalização das investigações ao Ministro José Eduardo Cardoso e que este determine à Polícia Federal o acompanhamento.
Os delegados que estão conduzindo as investigações me disseram duas coisas.

Primeiro: até sábado, no Ministério Público Estadual — pode ser que hoje seja diferente —, nenhum Promotor Estadual tinha ido à delegacia ou estava acompanhando diretamente as investigações. Segundo: eu perguntei se a Polícia Federal estava acompanhando. Eles disseram que a Polícia Federal tinha oferecido um serviço de perícia, mas que até sábado ainda não tinha sido solicitado pelos investigadores nenhum auxílio daquela instituição para acompanhar as investigações.
Portanto, eu estou encaminhando, como Presidente da Comissão de Direitos Humanos, essa petição ao Procurador-Geral da República para pedir a federalização do crime e também pedir ao Ministro José Eduardo Cardoso que oriente a Polícia Federal, de forma complementar ou supletiva, a acompanhar as investigações, para que não se elimine, não se acabe com o arquivo e fique na impunidade a execução desse jornalista.


CASO DÉCIO SÁ: INORMAÇÕES, CONTRA-INFORMAÇÕES E DETURPAÇÕES

O assassinato do blogueiro Décio Sá ganha prego na "Galeria dos Crimes Insolúveis" nas próximas 48 horas. O amadorismo reinou da polícia aos jornalistas. O foco dilui-se em mais de "cem versões" motivadoras do crime.

A ação policial assemelhou-se ao espanto da opinião pública. A reação foi de paralisia e contemplação mórbida diante do cadáver exposto no local do crime. Barreiras policiais no entorno da ilha deveriam  ser as primeiras providências.

O Secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, compareceu ao local do crime. O lugar devido seria dentro do "Sistema de Segurança", adotando medidas para impedir a fuga, identificar o autor dos disparos e seus comparsas.

As primeiras providências neste sentido só foram adotadas nove horas após o crime. O governo aparvalhado escondeu-se da opinião pública sob o manto da comoção, justificando-se pela intimidade profissional com Décio Sá.

Depois um carnaval de sandices que ainda persistem no noticiário local. Falta objetividade nas abordagens sobre o crime. Inocentes ou não este festival de baboseiras dificulta resultados concretos e estimula a impunidade de executores e mandantes.

A imprensa vestiu-se de polícia e a justiça comportou-se como informante. Persitem os "privilégios  nas informações institucionais" como forma de turbinar audiências.  O erro se repete com a mudança dos personagens.

Foi por esta exclusividade que Décio Sá perdeu a vida. Da mesma forma que doravante perde-se a perspectiva da valiosa contribuição dos testemunhos. Depois das postagens dos depoimentos em blogs quem  voluntariamente se arriscaria? 


DESESPERO DA CONCORRÊNCIA: FURTO DE ACESSOS DURANTE A MADRUGADA SÃO PERCEBIDOS PELOS LEITORES

Leitores informam o "furto" de acessos no Blog do Cesar Bello. A diferença fica entre mil a dois mil por dia no relógio que marca as visualizações. As invasões eletrônicas sempre ocorrem nas madrugadas.
 
Décio Sá, Cesar Bello e BNC são os únicos a fazerem uso do marcador eletrônico.O instrumento permite perceber a evolução "on line" do Blog. Não tem maquiagem os acessos são conferido a cada segundo.

Fechamos as estatísticas de quarta(2) acima de 651 mil acessos e amanhecemos com 649 662 . O desespero tem endereço e os autores são conhecidos por suas "façanhas" dentro da blogosfera.
 
É preciso mais do que números dentro da atividade dos Blogs. Postura honesta com a venda do serviço sem extorsão é o princípio básico. Agradeço aos leitores que atentos alertaram o Blog.
 
Será que esses doidos não percebem que os inimigos dos blogs estão nas rádios, televisões, jornais e revistas? Precisamos aprimorar este serviço de utilidade pública ou privada.
 
Criar entidade que congregue e fiscalize o uso dos blogs no Maranhão, faz-se necessidade urgente diante dos últimos acontecimentos. Não podemos copiar o "modelo picareta" que tem origem no jornalismo marrom.
 
 
 
 


2 de maio de 2012

WEVERTON ROCHA: "NÃO EXISTE NEGOCIATA, NEM BUSCA DE IMUNIDADE"

Weverton Rocha externou insatisfação com a postagem "Mandato de Aluguel: Edvaldo Holanda deixa a Câmara para blindar Weverton". Ouvi suas razões e passo a publicá-las, respeitando na íntegra seu pensamento.

Weverton Rocha esclarece que não existe negociata, nem busca de imunidade na sua ascensão a Câmara Federal. As articulações foram republicanas, obedecem a orientação da direção nacional do PDT e focam o projeto político 2012/2014.

"Não fujo de processos escudando-me em mandato de deputado, respondo normalmente ao chamamento da justiça na qualidade de cidadão . Não posso admitir prejulgamento ou posições preconcebidas fora da realidade jurídica".

"O PDT não escolheu o candidato a prefeito em São Luís. A discussão gira em torno de candidatos comprometidos com as eleições  de governador em 2014. Esse projeto visa criar espaço político ao Flávio Dino."

"Assumo ao mandato de deputado federal com o compromisso de lutar pelo Maranhão. São Luís, Açailândia, Imperatriz e Timon, receberão a mesma atenção dos pequenos municípios onde fui votado".

Não escrevo a soldo, não cobro de ninguém pelo constitucional direito de resposta. Se por acaso você sentir-se prejudicado, incomodado por alguma postagem ligue 098-88893120.


MANDATO DE ALUGUEL: HOLANDA JR. DEIXA CÂMARA PARA BLINDAR WEVERTON

O deputado federal Edvaldo Holanda Jr.(PTC) pediu licença para tratar de assuntos "particulares". Assume o "enrolado" Weverton Rocha(PDT). A negociação envolve o apoio do PDT ao PTC nas eleições de S. Luís.

Edvaldo Holanda Jr. deixa o mandato parlamentar para dedicar-se a eleição em São Luís. Além do descompromisso com o mandato fica nítido a negociação com a banda podre do PDT.

A volta de Weverton Rocha a Câmara dos Deputados reativa por quatro meses as imunidades parlamentares. Weverton Rocha responde a vários processos na Justiça Estadual e Federal por desvios e outros crimes.

Para ter a noção da "folha corrida" de Weverton Rocha, basta acessar as inúmeras matérias do Blog do Décio. Compulsando os arquivos é possível ver a profundidade e fundamentação nas variadas denúncias.

Quem sabe no futuro Edvaldo Holanda Junior não esteja "inaugurando" com Weverton Rocha outros "Ginásios Costa Rodrigues", ou ainda negociando com agiotas cheques da Prefeitura de São Luís .

Edvaldo Holanda Junior está alugando "a alma ao diabo" nesta "negociação política" com o PDT. O "núcleo de decisões" do PTC é de fazer inveja a Carlinhos Cachoeira ou a Billy de Kid? Esse moço pobre moço.

Belchior neles. Garoto de aluguel. Pague meu dinheiro// E vista sua roupa// Deixa a porta aberta quando for saindo// Você vai chorando// Eu fico sorrindo.



GOVERNADORA 31: ROSEANA SOME POR TRINTA DIAS E FAZ POLÍTICAGEM EM UM

A governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney, sumiu nos últimos trinta dias. No reaparecimento só para o "núcleo político do governo" deu orientação aos "proxenetas da política" para eleições de 2012/2014.

A informação é de hoje(2) do jornal "O Estado do Maranhão" de propriedade da governadora Roseana Sarney. A estratégia é lançar candidatos da base governista no maior número de municípios possíveis.

Quando não houver condições eleitorais de vitória a ordem é para costurar alianças. A governadora Roseana Sarney avalia que as eleições municipais em são preparatórias para as eleições gerais em 2014.

A atenção política é a corrida eleitoral em São Luís, Imperatriz, Caxias e Timon. O surrado jargão que para ocorrer desenvolvimento os prefeitos devem ser aliados do governo estadual. Porto Franco mostra o contrário.

Roseana Sarney passou 30 dias entre Washington, Nova Yorque, Paris, Las Vegas saciando a sua compulsão por jogos em roletas e cassinos. Volta ao Brasil e se instala no eixo Brasília/ São Paulo e Rio de Janeiro.

Sobrou um dia para a mais escancarada politicagem no Estado. Décio Sá tu babou a toá. Roseana Sarney não está nem aí para a morte de Décio Sá ou para os problemas do Maranhão.

Rica e poderosa a governadora 31, ri dos partidos políticos, morte de pessoas, miséria, falta de infra estrutura, números na saúde e educação. Querem repetir a dose? É só deixar ela dominar a Capital e os grandes municípios. 



    

1 de maio de 2012

OLHO VIVO NO VIVA A NOTA: SEQUÊNCIA ESTILOSA(657) MARCA O ÚLTIMO SORTEIO

Os consumidores do Maranhão parecem ter despertado do sono letárgico. Fiscalizam detalhes do Programa Viva a Nota do governo do Estado. A vigília tem cobrado a divulgação dos nomes e endereços dos sortudos.

Demorou a postagem no site do Viva Nota com os nomes dos agraciados no último sorteio. A reclamação feita em comentários no Blog do Cesar Bello, agilizou a imediata proclamação dos vencedores .

Agora uma nova denúncia A sequência 65748 repete-se em todos cupons sorteados no último certame. A saber:

1-65748 3976
2-65748 4770
3-65748 5145
4-65748 6955
5-65748 7039
6-65748 8052
7-65748 8707
8-65748 8813

Os cupons são gerados em sequência e distribuídos individualmente. Um consumidor pode até recebê-los na mesma sequência, mas ao serem embaralhados poderiam coincidir somente os 5 primeiros números desta sequência?

A cada sorteio prevalece a mesma sequência para os cinco primeiros números de todos os cupons? Isso parece estranho quando se fala em sorteio. Contudo vou procurar ouvir as autoridades da SEFAZ.

As reclamações se estendem aos créditos do ICMS, que em muitos caso não são gerados. As empresas estariam se beneficiando sem a devida restituição.

Vou checar e destrinchar para não ser injusto e irresponsável com as empresas. Se tiver mais reclamações contra empresas, lojas, supermercados, restaurantes, hotéis, motéis "mete o bicho" que eu espicho.

Olha a sequência estilosa no vinil. Bonito, chegando. Cuidado Cláudio Trinchão em caso de mutreta "só vai dá para a tua radiola".

ARISTIDES MILHOMEM : "EU AINDA BRINQUEI COM DÉCIO- LEVASTE UM TIRO?"

Entrevistei o Vice- Prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem durante a passeata em homenagem a Décio Sá na Litorânea. Ele foi o último interlocutor a conversar com o blogueiro por via de celular.

Milhomem atendeu ao titular do blog de forma  cordial . As perguntas esclareceu que durante o dia do crime, Décio Sá, ligou quatro vezes para o seu celular. No assunto duas pesquisas eleitorais sobre Barra do Corda.

Entre outros temas abordados "an passant", o adiamento do Juri Popular de Pedro Teles. Nem mesmo Milhomem acredita que os mandantes venham da Barra. "O Juri só foi adiado depois da morte de Décio Sá. Não faz sentido".

Estes argumentos enfraquecem a tese do impulso recente como fato motivador para o crime. No entanto os aspectos jurídicos em outros posts continuam na pauta dos que podem ter provocado a ira dos mandantes .

Em determinado momento do diálogo entre Milhomem e Décio- "o silêncio acompanhado de barulho de uma flecha, cortando o ar. Décio o que aconteceu rapaz, levaste um tiro? Falei brincado". Décio estava morto.

O silêncio decretado nas investigações supõe duas perspectivas. A falta de um norte seguro para a elucidação do crime, ou a certeza de quem é o assassino e os mandantes. É esperar para conferir.

CUIDADO CONSÓRCIO: OPOSIÇÃO VIRA "ELETROMIL" FLÁVIO DINO DESISTIU

O Presidente da Embratur, Flávio Dino, oficializou junto ao PC do B a desistência de disputar eleição de prefeito na Capital. Dino sai da disputa em 2012, motivado pela morte prematura do filho Marcelo Dino.

Volta-se a ultrapassada tese de consórcio no "campo democrático". Consórcio não dá certo no Maranhão. Até as multinacionais como  BELLINGTON- ALUMAR não prosperam em consórcio no Estado.

O "Consórcio Político" está mais parecido com a "ELETROMIL". Dois conhecidos estelionatários em eleições(Tadeu Palácio e Roberto Rocha) e dois "inocentes clientes evangélicos" (Edvaldo Jr e Eliziane Gama).

Esse lero-lero de "consórcio do campo democrático" é coisa de sarneysta camuflado. Ademais eleição em São Luís sempre foi plebiscitária.  De um lado quem deseja entregar a Capital para Sarney, do outro os contrários.

Acreditar em Tadeu cujo sobrenome Palácio lembra sua recente estadia nos Leões? Roberto Rocha que tirou a cadeira de senador da oposição nas últimas eleições? Não compro nem vendo a idéia deste consórcio.

Eliziane Gama e o pastor Fábio Leite receberam de Roseana Sarney em 2010, 500 mil em praça pública(Maria Aragão). A justificativa era o encerramento de retiro espiritual. O pastor  pediu para votar em Roseana Sarney.

Holanda Jr é cria de Edvaldo Holanda. Depois de Sarney, Edvaldo Holanda, é quem melhor exemplifica o camaleão na política. Ele foi  líder de seguidos governos de Luís Rocha(PFL) à Jackson Lago(PDT).

Afinal que campo democrático é esse? Quem realmente peitou Sarney nos últimos trinta anos? Se for para ser pragmático larguemos bíblias, apóstolos, rocha e palácios. Estou errado? Mostrem em contrário.

Agora não me venham com teses siliconadas ou súplicas para que coloquemos o futuro da Capital na "Fogueira Santa de Sarney". Em "ó" nome de Jesus eu te ordeno que te afastes Satanás.

VALE A PENA VER DE NOVO

Olha como a coisa funciona,o texto foi publicado no Blog de Jonh Cutrim em 2010, por Robert Lobato então assessorando o deputado Federal Roberto Rocha, o "Bob Esponja da Sarneyzada".

O vídeo estava no Blogs de Ricardo Santos, Robert Lobato e John Cutrim. Por obra ou cocô do destino escafedeu-se, desapareceu como nitrato de pó de merda. Por que será Jesus? Esses meninos camaleões vão longe.

"Muito grave o ocorrido na noite de quarta-feira de cinzas durante realização da Semana Maranhense de Retiros Culturais na Praça Maria Aragão promovido pela deputada estadual Eliziane Gama em parceria como o secretário de Administração e pré-candidato a deputado federal Luciano Moreira, e patrocinado pelo “Carnaval da Alegria” da governadora biônica Roseana Sarney.

Se a sempre atenciosa promotora eleitoral Carolina da Hora tivesse passado na Praça Maria Aragão, não teria como deixar de pedir o encerramento do “lava-prato” evangélico da deputada do PPS e multado todo mundo que estava sobre aquele trio elétrico, incluindo o secretário Luciano Moreira.

O evento em si já é uma afronta à cidadania, pois foi bancado 100% com o dinheiro público, tão somente porque Eliziane Gama pulou para o lado de lá, e com isso faturou 200 mil reais.

O mais chocante mesmo são as palavras, ou melhor, o delírio do pastor Fábio Leite ao agradecer, não a Deus, mas a Roseana Sarney pelo apoio financeiro ao “showmício” evangélico.

Está no blog do colega Ricardo Santos o áudio pecaminoso na fé, e criminoso no eleitoral, onde o pastor Fábio Leite agradece pelos 200 mil reais patrocinados pela governadora em pré-campanha e, não se contendo em fogo do “espírito santo” afirma:

“Em 2010, governadora Roseana Sarney, foram 200 mil, mas ano que vem será meio milhão de reais”, encerra o seu patético, e repito, criminoso discurso agradecendo à deputado Eliziane Gama, ao pré-candidato Luciano Moreira e, claro, à pré-candidata ao governo Roseana Sarney.

Seria profícuo a procuradora Carolina da Hora se interessar pelo áudio disponível no blog do Ricardo Santos, pois zelosa do jeito que é pela legislação eleitoral, com certeza tomaria alguma medida legal que o caso exige. Com a palavra, a doutora procuradora".

Como o vídeo foi retirado por "providências divinas". Vamos curtir Fagner e Mercedes de Sosa e Años na mudança dos sentimentos.

Calma violência//violência calma/ Minha mão não tem mais calma e vai a irreverência// Violência calma//calma violência.

30 de abril de 2012

PUBLICIDADE ENGANOSA: CONTRIBUINTES RECLAMAM DO NOTA NA MÃO

Recebo em comentário a denúncia de que o sorteio "Nota Na Mão" está deixando o contribuinte na "mão". O leitor reclama que entra no site e não vê o nome dos ganhadores. 

Nos sorteios anteriores os nomes dos ganhadores foram anunciados na data do sorteio. Marcado para 28 de abril e anunciado em blogs do governo, até agora não se sabe, não se viu nomes e endereços dos sortudos.

Começaram até bem, destrinchando o recolhimento dos impostos. No entanto parece que aplicaram um 37 do Código de Defesa do Consumidor. Publicidade enganosa é aquela que pode induzir o consumidor em erro.

Alô "Trinchão" destrincha essa história. Alô Lítia Cavalcante arrocha o governo. Alô Klebinho sai do ar refrigerado, senão tu vira "camarão". Alô Ana Luíza isso são "Direitos Romanos". Alô "Consumidoidos" à luta.   

Adivinha quem é esse cara que está com a "Nota Na Mão Da Índia"? Foi no "Nhozinho Santos"? "Escutec" se ele não é a cara do cara.


BARCO FURADO É BARCO ALAGADO: NINGUÉM QUER SER VICE DE MACAXEIRA

Ninguém quer ser candidato a Vice-Prefeito  na chapa de Macaxeira. Está no Blog de "Dedeça" que Fernando Fialho preferiu a riqueza da Super Secretaria de Combate a Pobreza. É o besta o ex-diretor da ANTAQ!

Fábio Câmara, Helena Duailibe, Kátia Lobão, Conceição Andrade preferem a disputa à vereadores em São Luís. Câmara e Lobão estão bem cotados na disputa. Dualibe e Andrade vão ter dificuldades.

O Presidente do PMDB em São Luís, o deputado Roberto Costa saiu a francesa com a seguinte desculpa: "o vice de Washington não precisa ser do PMDB. A nossa preocupação é viabilizarmos o partido em São Luís".

Roberto Costa passa mais vaselina na história ao conclamar "todos os partidos para buscar um nome que seja capaz de contribuir para a vitória". Com uma declaração desta tem ainda quem acredite na eleição de Oliveira?

Como diz o ditado "barco furado é barco alagado". A verdade é que ninguém que tenha senso político, acredita que Washington Oliveira consiga ultrapassar a casa dos 10%  ao final do 1° turno.

Na pior da hipóteses é só chamar o "Chiquim" Escórcio. Esse topa qualquer parada para aparecer para o eleitorado. Transferência do domicílio para São Luís? Conversa, Sarney resolve. "Sarney é Sarney".


PRESIDENTE DA ABI DESACREDITA INVESTIGAÇÃO DA SEGUSP-MA

O Presidente da Associação Brasileira de Imprensa(ABI), Maurício Azedo quer a Polícia Federal no "Caso Décio Sá". Pedido neste sentido foi dirigido a Presidente Dilma e ao Ministro da Justiça Eduardo Cardoso.

Azedo teme que o homicídio do jornalista Décio Sá, some-se aos pendurados na "Galeria dos Crimes Sem Solução no Maranhão". A impunidade impõe a mordaça  aos jornalistas fora de proteção do Crime Organizado. 

As providencias solicitadas pela ABI, sinalizam que as investigações podem atingir a "Saúde"  do governo de Roseana Sarney. Setores interessados em embasar as investigações pregam a saída de Aluísio Mendes. 

No momento ruim com Aluísio, pior sem Mendes. Além da Polícia Federal a presença da "Força Nacional" serviria para desbaratar a atividade do crime de pistolagem no Maranhão. Seria um bom começo.


BOMBA: BLOGUEIRO FOI FINANCIADO PELO CRIME ORGANIZADO

O Maranhão é um Estado átipo no Brasil, quiça no Universo. Gato vira lebre, tragédia monta farsa, bandido é "mocinho". Talvez a antropologia possa explicar o fascínio pela mentira. O próprio nome influência na adesão.

Os atores desta "Indigna Comédia Humana" desfilam garbosos e vaidosos. Dependendo do personagem vestem-se para a plateia ávida por engôdos e atuações caricatas. Inegavelmente é um circo sem qualidades.

A produção tem base nos grupos entrincheirados próximo ao poder. Na blogosfera não é diferente da seara política. A família Sarney elege seus "queridinhos" e o Crime Organizado por caridade seus "caridosinhos".

"Se correr a bala pega, se ficar Sarney te ferra". Quem não se lembra da propaganda de um Blog nas traseiras de uma empresa de ônibus supostamente ligada ao "Crime Organizado". Será que foi por caridade?

Maranhão minha terra, por caridade cadê minha facção ou meu facão?  


  

MORTE DE DECIO SÁ ABALA AS ESTRUTURAS DA OLIGARQUIA SARNEY

Nem o mais empedernido dos "sarneyzistas", "sarnopetista", "sarnopeemedebistas" atrevem-se a deixar de reconhecer a falta de planejamento na Segurança Pública do Estado do Maranhão.

A oligarquia Sarney faz uso da pistolagem como força auxiliar no processo de intimidação. O lema é: "se não vem por amor, vai pela dor". Os mais temidos pistoleiros no Maranhão ganharam mandatos parlamentares.

Senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores são ligados a pistolagem por laços familiares. É por essa razão que a "CPI da Pistolagem" não sai do papel na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Já passou do tempo a necessidade do mapeamento dos polos que geram a atividade ilícita no Maranhão. Mapeados é possível chegar as origem ou ramificações em outros Estados. Não é impossível cadastrá-los e monitorá-los.

A pistolagem está enfronhada nas atividades política, empresarial, comercial, liberal do Maranhão. É preciso a modificação da estrutura política criada a partir de Sarney irmanada com a grilagem e a pistolagem.

A morte de Décio Sá mostra ao Brasil, um Estado governado por uma "menina má e mimada". A escolha de um guarda-costas como Secretário de Segurança estimula corriqueira atividade dos pistoleiros.

Roseana Sarney tira Aluísio Mendes e bota "Naná de Felipão". Pergunta para Ricardo Murad quem é "Naná de Felipão". Eles já "trabalharam" juntos, não faz muito tempo.     




29 de abril de 2012

TOLERÂNCIA ZERO: MALUF CONTINUA NA LISTA DOS PROCURADOS PELA INTERPOL

A Procuradoria-Geral de Nova York ganhou ação proposta pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP) e seu filho, Flávio Maluf, que pediam a retirada do nome de ambos do alerta vermelho da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo.
Foto: AE Em NY, Maluf responde a processo por lavagem de dinheiro, mas sempre negou a acusação
Em decisão assinada na terça-feira, a juíza Marcy Friedman, da Suprema Corte de Justiça do Estado de NY, rechaçou a argumentação dos advogados de Maluf e indeferiu o pedido do ex-prefeito de São Paulo (1993-1996). 

A defesa pedia, além do arquivamento de ação contra os Maluf por suposto envio de US$ 11,6 milhões para conta bancária nos Estados Unidos, o afastamento do promotor americano que os incluiu na lista da Interpol. 

A juíza recusou arquivamento do caso sob o argumento de que os acusados não provaram suas alegações. A procuradoria de NY sustenta que recursos controlados pelos Maluf migraram para conta na Ilha de Jersey.

A investigação mostra que parcela do dinheiro foi usada para cobrir despesas pessoais do ex-prefeito e sua família. A procuradoria o acusa por lavagem de dinheiro. Se condenado, Maluf pode pegar 25 anos de prisão nos EUA. Por meio de sua assessoria, ele voltou a negar que tenha contas no exterior.

O promotor de Justiça de São Paulo, Sílvio Marques, declarou: "Caso o ex-prefeito e seu filho saiam do Brasil poderão ser presos e extraditados para os Estados Unidos". 

Fonte Agência Estado(Ultimo Segundo).

VILANIR SÁ NO SÉTIMO DIA:"DÉCIO NÃO MORREU MULTIPLICAREMOS SUA VOZ"

A mensagem na missa de sétimo dia pela morte de Décio Sá foi levada ao púlpito por Vilanir Sá, irmã do blogueiro. Suas francas palavras incomodaram nos bancos da Sé os hipócritas confortavelmente instalados. 

Vilanir Sá falou direto aos inquilinos do Blog de Décio Sá, que o levaram a morte através de pedidos de publicações. Ela os chamou de "falsos amigos", cujos apelos nem sempre gratuitos foram o móvel para o crime. 

As postagens provocaram a sanha assassina dos pistoleiros. Eles pululam como cogumelos no Maranhão. Bolsos e bocas que afagaram, são as mesmas que silenciaram após a morte de Décio Sá. 

Vilanir bradou por Justiça para todos que morreram- só este ano foram seis sem nenhuma punição - em consequência da pistolagem. O governo aparvalhado de Roseana Sarney comporta-se como sócio do mal.

Vilanir Sá evitou nomear versões, grupos, mandantes e executores. O conteudo latente(o que não foi falado,  ficou evidente) exala sentido quando ela refere-se aos "falsos amigos que insistiam nas publicações".  

Aristides Milhomem interlocutor no momento da morte não foi visto na Sé . Roseana Sarney não deu as caras. Fernando Sarney saiu antes da fala . Foi  informado do conteudo da longa mensagem de Vilanir Sá.

Ricardo Murad chegou com vistosa camisa listrada. Entre branco e vermelho das cores, nada simbolizava paz ou sangue da coragem . Murad ficou  " de fora" como sempre, quem se lascou foi  Décio que morreu .

Existem os mandantes do frio e cruel assassinato, bem como os mandantes das matérias que levaram Décio Sá para a morte. A quem atribuir a maior culpa?  Com certeza aos mandantes desalmados do homicídio.


É importante senhores blogueiros, convicção nas publicações.Venho desde o início da minha participação na blogosfera insistindo nesta postura. Vendam o trabalho, mantenham a opinião e nunca pratiquem a extorsão.

UMA CARTA PARA O MARANHÃO: REVISTA CARTA CAPITAL MOSTRA TUDO A SANGUE FRIO

Carta Capital: A sangue frio

O ar-condicionado do plenário Nagib Haickel não arrefecia a tensão entre os deputados maranhenses reunidos na sessão de quarta-feira 25. Dedos em riste, levavam para a sala climatizada a temperatura de uma manhã quente e abafada, típica do outono em São Luis. O motivo era a votação de um projeto para batizar uma avenida da cidade com o nome de Jackson Lago, o ex-governador morto no ano passado e que durante anos combateu a família Sarney – um projeto que em qualquer outra parte do mundo seria tema para vereadores, e não deputados.

O blog do jornalista Décio Sá, morto na segunda-feira 23

A aprovação da homenagem seria uma afronta ao padroeiro, representado ali pela base aliada da filha, a governadora Roseana (PMDB), e pelas palavras de sua lavra cravadas na parede frontal do plenário: “Não há democracia sem Parlamento livre – José Sarney”.

Não parecia o mesmo plenário que, um dia antes, levou praticamente toda a Assembleia Legislativa do Maranhão a vociferar contra o ato de barbárie cometido contra Décio Sá, o blogueiro mais conhecido do Maranhão – e, até a noite de segunda-feira 23, um jornalista praticamente intocável.

O crime acontece exatos 15 anos após a morte de um delegado, Stênio Mendonça, que chocou a população maranhense e deu início à CPI do Crime Organizado – e anos depois resultou em prisões e na cassação de deputados maranhenses. Pura ironia: foi durante a cobertura da CPI que Décio e outros jornalistas da mesma geração, formados na metade dos anos 1990 na Universidade Federal do Maranhão, consolidaram o nome da mídia local.

A indignação dos deputados deu espaço, no dia seguinte, à acalorada discussão sobre o nome da avenida. Aquela bolha de ar climatizado a tapear a alta temperatura afora era só o primeiro sinal do descompasso entre a realidade e a política da região.

Uma volta de dez minutos por São Luis é suficiente para perceber que havia assuntos mais urgentes a serem discutidas no plenário: da saída do aeroporto até a avenida Litorânea, onde o jornalista foi alvejado, o índice de desenvolvimento humano oscila como se o veículo circulasse entre o Sudão e a Suécia em poucos minutos.

Fora do belo prédio espelhado da Assembleia, a preocupação não era com os nomes a serem colocados na avenida: era a ação de grupos de extermínio a um estado já assolado pela miséria e insegurança.

O estado emprega um policial para cada grupo de 800 habitantes (a média brasileira é de um para 300). No campo, onde a atuação policial é ainda mais limitada, a situação chega a ser assustadora: nas contas da Comissão Pastoral da Terra, nada menos do que 85 pessoas estão hoje ameaçadas de morte em razão de conflitos agrários em 29 municípios. No estado, 121 pessoas foram assassinadas desde 1985. Até hoje, apenas dois casos foram julgados, e nenhum dos mandantes está preso.


Crimes por encomenda. O caso de Décio se somou a uma série de assassinatos ocorridos desde outubro do ano passado. Naquele mês, um empresário foi morto por reagir a uma tentativa de grilagem de um terreno de sua propriedade numa das áreas mais valorizadas de São Luis. Com um tiro na nuca, foi encontrado enterrado numa cova rasa aberta em seu próprio terreno.

Pouco depois, dois irmãos, empresários de um grupo petroquímico, foram mortos por um motoqueiro que fugiu. Cerca de 15 dias atrás, um suposto traficante conhecido como Rato 8 (em referência aos oito assassinados dos quais era suspeito) morreu numa emboscada montada por homens armados dentro de um carro a cortar a mesma avenida onde Décio seria alvejado.

Outro crime da série foi registrado no município de Buriticupu, onde o líder rural Raimundo Borges foi morto com cinco tiros disparados por um motoqueiro. Em nenhum caso os mandantes ou executores foram presos, embora a polícia garanta que as investigações estejam avançando.

“Isso virou uma prática comum. Agora todos se deram conta da situação porque aconteceu com o Décio, uma pessoa conhecida da cidade”, afirma Diogo Cabral, advogado da CPT e secretário da Comissão de Direitos Humanos da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil.

Dessa vez os tiros acertaram um aliado do grupo que se reveza no poder do estado há pelo menos 40 anos. Décio Sá era notadamente um jornalista alinhado com a família Sarney – à boca pequena, colegas contam que ele era o único jornalista do estado a ter acesso à área VIP de Roseana Sarney na Sapucaí durante o desfile em homenagem a São Luis feito pela escola samba Beija-Flor.

Ex-correspondente da Folha de S.Paulo e depois colunista de O Estado do Maranhão, o diário da família Sarney, Décio colecionava inimigos devido à exposição de uma certa incontinência verbal em seu blog, um dos primeiros do estado. Por causa dele, transformou-se em persona non grata em muitos círculos – que, no Maranhão, se agrupam de forma bem delineada entre os amigos e inimigos dos Sarney.

No ano passado, não ousava aparecer na Assembleia Legislativa, onde policiais em greve acampavam como protesto. De sua trincheira, Décio emendava petardos em direção aos grevistas, que podiam ver o diabo na frente, mas não o blogueiro. Da mesma forma, evitou acompanhar o resultado da eleição para governador em 2006, quando Jackson Lago foi eleito. Do lado de fora do Tribunal Regional Eleitoral, cabos eleitorais prometiam uma surra no blogueiro caso aparecesse.

O jornalista Wilson Lima, repórter do portal iG e ex-correspondente de diversos veículos no Maranhão, conta que Décio era personagem até de charges publicadas nos jornais locais. Tudo por conta de seu perfil perfil “folclórico”. Numa delas, era retratado como um “homem-bomba” – um de seus bordões, ao fechar uma apuração, era que iria “detonar” determinado alvo.

Recentemente, Décio comprou briga até com os ex-colegas da Folha, atuando, segundo relato do próprio jornal, para derrubar a pauta dos repórteres que desembarcavam na capital maranhense em busca de noticias contra a família Sarney.

Em seis anos, se aproximou como pode do clã, mas colecionou inimizades pontuais a cada novo post. Nesse tempo, ele comprou briga até com cego que não era cego – quando revelou que um funcionário do Tribunal de Justiça havia passado em concurso na cota de deficientes alegando ser cego, o que Décio jurava de pé junto não ser verdade.

Décio era, segundo os colegas, uma pessoa bem relacionada mas de poucos amigos. Costumava ir para os bares sozinho para tomar suas long necks e estender o expediente por meio de telefonemas que só cessavam na madrugada. Um de seus favoritos era o Bar Estrela do Mar, onde foi morto. Ali, entre um telefonema e outro, ele costumava digladiar com as patas de caranguejos servidos com vinagrete e arroz de toicinho.


Medo. A reportagem de CartaCapital visitou o bar 36 horas após o crime. Apesar do clima de tranquilidade, ninguém ali parecia disposto a falar sobre o caso: a atendente baixava a cabeça, sem olhar para o repórter, quando questionada em qual mesa Décio estava sentado quando morreu. Em plena hora do almoço, o restaurante, um simpático quiosque aos pés da praia, estava vazio. O único movimento era de curiosos a diminuírem a velocidade ao passar pela avenida – e o alvoroço dos funcionários ao se reunir em frente ao aparelho de tevê para ver a fachada do estabelecimento estampada no noticiário.

Casqueiro (a versão maranhense para “marrento”), como descrevem os colegas, Décio não relatou, nos últimos dias, qualquer menção às ameaças. Estava acostumado a desdenhar os comentários mais acirrados que recebia em sua página eletrônica.

Décio tinha as costas quentes. Prova do prestígio do jornalista, capa dos principais jornais do Maranhão no dia seguinte, é que minutos após os disparos, o Bar Estrela do Mar já estava cercado de jornalistas e autoridades, entre elas o próprio secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes. A promessa de revide veio poucas horas depois, quando, dizendo-se chocada, Roseana prometeu capturar os autores do “ato de barbaridade”. Recuperando-se de cirurgia em São Paulo, Sarney pai também se manifestou. Mesmo convalescente, condenou a atrocidade (ele não citou as demais vítimas do desmando no estado) e declarou: o crime “atentava contra a democracia”.

Desmoralizada, a polícia prometeu um prêmio de cem mil reais para quem encontrasse o autor dos disparos. Não explicitou o assassino deveria ser encontrado vivo ou morto.


Conflitos de terra. Queima de arquivo, vingança, “bode expiatório”. O que não faltam, em São Luis, são palpites sobre as razões do assassinato. Em seus últimos posts, o blogueiro havia noticiado irregularidades na prefeitura de Turilândia, a prisão de assessores do Tribunal de Justiça, irregularidades em prefeituras do interior e a suposta participação de parlamentares em exploração sexual.

Mas a hipótese mais provável, levantada pelos próprios colegas de trabalho, é que a morte esteja relacionada indiretamente ao universo dos conflitos agrários. Dias antes de ser morto, Décio havia publicado reportagens contra um empresário de Barra do Corda, cidade do interior maranhense, suspeito de assassinar um líder rural. O empresário é filho do prefeito da cidade e iria a júri se não fosse uma estranha notícia publicada na véspera pelo blogueiro: quase todos os integrantes do júri eram ligados à família do acusado.

A publicação, com nome e “parentesco” dos jurados, melou o julgamento, afinal transferido para a capital – onde imagina-se que o empresário terá menos chances de sair ileso.

Quando foi atingido, Décio falava ao telefone com o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem. Não parecia preocupado com possíveis ameaças: sentado numa cadeira do corredor próximo ao banheiro, estava desprevenido, de costas para a avenida, à espera de dois amigos: o também blogueiro Luis Cardoso (anti-Sarney) e o suplente de vereador Fábio Câmara, assessor da secretaria de Saúde do Maranhão. Entretido ao telefone, Décio não deu importância ao sujeito que desceu de uma moto à sua procura. Sem capuz ou óculos escuros, o que leva a polícia a suspeitar de que fosse um forasteiro, o assassino percorreu o corredor estreito do bar e conferiu onde estava o alvo. Passou por ele na ida ao banheiro. Na volta, deixou a encomenda: seis tiros disparados com uma pistola calibre 40, de uso da polícia. Em seguida, fugiu a pé, protegido pela ausência de câmeras de monitoramento ou policiamento.

Para despistar, cortou os barrancos de areia que serpenteiam a avenida e escondem os luxuosos prédios de uma área nobre encravada num bolsão de pobreza. Por ali, as únicas testemunhas eram um grupo de evangélicos a rezar no morro àquela hora da noite.

Ao saberem do burburinho sobre a morte do blogueiro, a reação de vários colegas foi a mesma: pegaram o telefone para tentar checar a notícia com a própria fonte.

Foram longos minutos em que o aparelho, de uso pessoal, vibrou e berrou em vão numa mesa do restaurante: aos 42 anos, Décio estava ao chão, com o rosto e o peito cravejado de tiros.

Morreu em combate: em uma das mãos, um outro celular, usado para trabalho, estava colado ao ouvido.


Instinto. A morte a tiros do jornalista, dentro de um bar de uma das mais movimentadas vias de São Luis, deixou desnorteado o grupo de repórteres políticos da região. A sensação, resumida por um deles, era: “se ele, que era querido pelos Sarney, morreu, imagine nós”.

O medo uniu, talvez pela primeira vez, sarneyzistas e oposição.

Marco Aurélio D’Eça, blogueiro e colunista político de O Estado, conviveu com Décio nos tempos de juventude, no bairro João Paulo, e, anos mais tarde, na faculdade, nas redações e bares para ouvir rock às sextas-feiras. As esposas são amigas e tiveram filhos na mesma época – a mulher de Décio está grávida novamente.

Segundo D’Eça, a morte do colega deixou em alerta o grupo de blogueiros do estado, formado por cerca de dez profissionais que, sozinhos e com estilo próprio (embora ligados a seus grupos), somam mais audiência que qualquer publicação local.

“Vou te dizer: estou com muito medo”, diz o jornalista. “No jornal, nunca recebi processos. No blog, em poucos anos já recebi cinco. Sem contar as ameaças: gente dizendo que sabe quem você é, o que faz, onde anda.”

Apesar do medo, Gilberto Léda, também blogueiro e repórter de política, é quem resume o espírito da imprensa maranhense após o golpe: “Todos estamos assustados, nossos amigos e familiares pedem para a gente ter cautela. Mas a tendência é não desanimar. Quando a gente escolhe essa profissão, sabe dos riscos. Corremos riscos por puro instinto”.

No Maranhão, em que pese a influência das oligarquias no jornalismo, este instinto é quase um ato de coragem: os assassinos, estejam onde estiverem, estão soltos, protegidos e prontos para a próxima.

Por Matheus Pichonelli

Fonte; Carta Capital

A CRUZ DA MORTE SOBRE A LITORÂNEA: EM UMA PONTA DÉCIO NA OUTRA STÊNIO

Aconteceu as 9:30 a missá de sétimo dia do blogueiro Décio Sá. A impressão é que o crime estende a cruz sobre a Avenida Litorânea. De um lado o corpo de Stênio Mendonça do outro o de Décio Sá.

A cruz crucifixa a todos maranhenses em um Estado sem governo. É preciso modificar a estrutura política para prevenção dos crimes de encomenda. A família Sarney tem relação histórica e familiar com a pistolagem.

José Sarney abriu as porteiras das terras do Maranhão para a grilagem. Foram os bigodes de Sarney que serviram como arame farpado para os grileiros cercarem suas fazendas. Fazendas adquiridas pelo esbulho e turbação.

Grileiros e pistoleiros encontraram guarida no governo de José Sarney. Sarney transformou-se em proprietário da "Fazenda Maguary". Quem tomava de conta da Fazenda Maguary antes da venda? Era "Lauristão".

"Lauristão" era pai de Joaquim Lauristo envolvido com os deputados José Gerardo, Francisco Caíca, o delegados Luís Moura  na morte do delegado Stênio Mendonça. Stênio investigava o Crime Organizado no Maranhão.   

Joaquim Lauristo morto recentemente era "compadre" de José Sarney Filho. Como se vê a estrutura sai de dentro da casa da família Sarney há 50 anos. Essa engrenagem para ser desmontada tem que ser denunciada.

Para vislumbrar segurança de vida para qualquer cidadão maranhense contra a pistolagem, é preciso antes de tudo, proceder a mudança  de toda a estrutura política, com o expurgo da família Sarney do centro do Poder.

Do contrário a ação da pistolagem continuará fazendo vítimas fatais de encomendas covardes. Em frente a Avenida Litorânea o mar ensina. Estes facínoras apadrinhados dos Sarneys vão e voltam como uma onda no mar.

Quem se arrisca no mergulho para a morte? Como disse Domingos Dutra: "Cesar Bello o problema está na falta de governo" . 

"Não adianta fugir// nem mentir para si mesmo// a tanta vida lá fora//Aqui dentro sempre// como uma onda no mar// A vida vem em ondas como mar// num indo vindo infinito//  Tudo pode acabar em um segundo.

FAMEM CONFIRMA 2º CONGRESSO ESTADUAL DO MUNICIPALISMO

A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) confirmou a realização do 2º Congresso Estadual do Municipalismo Maranhense. O pres...