O Maranhão definitivamente ainda está bem distante da convivência democrática. A Assembléia Legislativa é o maior exemplo disto, quando um Deputado cobra transparência e o outro pede que o nobre colega use as prerrogativas que o mandato lhe impõe, o fato vira celeuma e interrompe a sessão.
A atitude dos dois está correta eu diria corretíssima, mas outros estranham o debate e pedem a suspensão dos trabalhos. Os personagens de mais esta "epopéia anti-democrática" são: Raimundo Cutrim abrindo a "Caixa-Preta" - seria bom que ele abrisse a "Caixa-Louro", Arnaldo Melo fornecendo os instrumentos para a transparência e Carlos Alberto Milhomem, o Tatá interrompendo o saudável processo.
Os motivos bem que poderiam não ser de natureza política, envolvendo barganhas por cargos, gratificações, manutenção e ampliação de vantagens entre blocos de deputados. Deveriam ser parte do cotidiano da Casa e dos seus freqüentadores sem exceção.
Não há crise, muito pelo contrário a exposição do intestino baixo da Assembléia permite por videocolonoscopia que a população saiba que são de Hum Mil e Seiscentos o número de cargos Comissionados na Assembléia, cabendo a cada Deputado 19 e ao Presidente 180 cargos e ainda sobram 802 para serem disputados à "murro".
A Assembléia tem Dois Mil funcionários, 16 são concursados - apenas 1,5% do total - 400 são estáveis pela admissão anterior a Constituição de 1988, o restante é sinecura, veniaga e prebenda ou no popular "boquinha".